Sacrifício que será recompensado no céu!
O que leva pessoas a editar um veículo espírita, sem esperar lucros ou qualquer tipo de compensação? Por que tantos abnegados, há tanto tempo, lançam seu jornal com pontualidade e constância, apesar do sacrifício que isso representa, devido à insensibilidade da maioria do nosso movimento? Só pode ser pelo despertar que o Espiritismo oferece às pessoas, dando-lhes inúmeras oportunidades de colaborar para a difusão doutrinária, seja de que forma for. Por livros, revistas, jornais, palestras, mensagens, escolas, donativos, exemplos…
O Espiritismo foi o responsável pela apresentação do livro ao brasileiro, pois foi graças às obras espíritas, escritas por médiuns respeitáveis, que nossos patrícios começaram a ler. Pessoas semianalfabetas que jamais entrariam numa livraria para comprar um exemplar, hoje incluem no seu orçamento verba para esse tipo de despesa.
Apesar desse avanço, muito importante para a cultura do povo, pois quem lê se educa, se aprimora, melhora sua fala, sua atenção e entendimento, o mesmo não se dá com os jornais e revistas do Espiritismo. As tiragens ainda são pequenas porque o número de compradores e assinantes é insignificante, se considerarmos o número de frequentadores das casas espíritas. Embora se dê o mesmo com a grande imprensa, não se justifica esse comportamento no movimento espírita.
É imenso o número dos que se dizem espíritas só por que participam da reunião do centro uma vez por semana. E lá vão apenas buscar; buscar a cura para o corpo ou para a alma, buscar conhecimento por meio da exposição doutrinária ou algum tipo de doação material. Nada sabem sobre a instituição da qual dizem participar. Desconhecem as dificuldades que os diretores têm para manter a casa aberta. Por isso, a assinatura do jornal é muitas vezes um valioso adjutório para cobrir os gastos. Habitualmente acontece o inverso. O Centro ainda tira do bolso o que falta para completar os gastos com a edição de cada tiragem.
As assinaturas são tão baratas que deveriam contar com a colaboração, pelo menos, daqueles que frequentam habitualmente a casa. Se assinarmos o jornal e o recebermos em casa, teremos a surpresa de vê-lo ser lido por aqueles que dividem o lar conosco, mas que não participam de nossos ideais religiosos. Quanta esposa vai ao centro e deixa em casa marido de cara feia. O vice-versa também existe. Outras vezes são os filhos que veem no espírita um fanático. Eles não vão a igreja nenhuma, mas censuram quem vai ao Centro Espírita.
Quando nos chamam de fanáticos, lembramo-nos do nosso velho artigo “Bem-aventurados os fanáticos”, do livro Pontos de Vista, da Casa Editora O Clarim. São os fanáticos que mantém a estrutura das Casas Espíritas, os que ficam de plantão para receber os desesperados, os que tomam passe pelos acomodados e desequilibrados da família que não ousam sair da frente da TV. São os fanáticos que assinam jornais e revistas espíritas e ainda presenteiam amigos e parentes, tentando enfiar-lhes goela abaixo o óbvio que insistem em não ver. Fazem por amor e, no entanto, são rotulados como exagerados. E quando se trata dos que vão ao Centro duas ou três vezes por semana, aí é que os comentários realmente proliferam.
Estamos no Espiritismo há cerca de quarenta anos, embora não sejamos dos mais antigos frequentadores espíritas no Brasil. Há pessoas que estão há muito mais tempo. Todavia, nesse período em que professamos essa doutrina, procuramos colaborar das mais diferentes formas para a divulgação doutrinária. Escrevemos para jornais e revistas, damos palestras na nossa casa ou onde somos convidados, assinamos jornais, adquirimos exemplares para distribuir no nosso centro, temos um blog espírita – www.essenios.wordpress.com – , trabalhamos nos passes, administramos o centro que, depois do desencarne da esposa, presidimos, etc.
No caso deste jornal, temos de louvar a perseverança, o destemor e a fé do nosso Azamor Cirne que, literalmente, carrega nas costas cada nova edição da Tribuna Espírita. Leva e traz da gráfica e o disponibiliza para distribuição. Para um velho batalhador, cuja juventude já se foi há tempo, é um sacrifício maior do que o comum, mas ele felizmente conta com forças extra- humanas que o sustentam. Tomara que neste 2013 novos auxiliares se apresentem e que alguns dos que lerem este nosso comentário se animem a assinar o jornal, porque além de colaborar, colherão os benefícios de uma leitura salutar e esclarecedora, importante para compreender esta delicado momento planetário.
Como o mundo não acabou em 21 de dezembro passado, nossa única opção e continuar vivendo. E já que temos de viver, que a vida seja agradável e que nossa evolução seja cada vez maior. É preciso aproveitar a vida. E aproveitar a vida é crescer espiritualmente. Tudo o mais é mentira e fantasia!
Feliz Ano Novo!
Jornal Tribuna Espírita – João Pessoa – PB – Fev/Mar
Comentário de Raymundo Espelho do Jornal Correio Fraterno de S. Bernardo do Campo – SP:
Prezado confrade:
Muita Paz.
Acabo de ler seu artigo “UM JORNAL ESPÍRITA” ao qual dou nota mil.
Trata-se de uma matéria excelente. Tenho lido seus escritos ao longo dos anos, desde que o senhor residia em São Paulo; sempre muito bons, mas este superou.
Pena ( como o senhor sabe) que nossos irmãos não desejam entender isso.
Toda tentativa é válida e essa é muito válida.
Queira Deus que dê resultados positivos.
Que o PAPAI DO CÉU o abençoe sempre.
Tenha uma bela noite.
Muita Paz